As recentes eleições regionis e autárquicas venezuelanas deixaram-me a ruminar em três pontitos. Primo, a nossa abençoada Imprensa insistir em que os candidatos do partido do Presidente Chávez perderam nos estados mais ricos. Parece que querem dizer que a plutocracia levou de vencida os descamisados, ou antes, os depauperados camisas vermelhas Bolivaristas, quando o que se verifica é que a diminuição de votos ocorreu, sobretudo, nos subúrbios das grandes cidades, entre as populações menos abonadas.
Secondo: Há aliás um equívoco na imagem que se dá de Chávez, paralelo ao da consagração popular de Robin Hood. Faz-se de ambos uma reedição da figura do Zé do Telhado, roubadores de ricos para dar aos pobres. Ora, no caso do Britânico, o conflito subjacente estava muito mais próximo do que fundamentou o ideário Nacional-Socialista, com os Saxões pintados em tons mais claros, em luta contra os Normandos, vindos do Exterior, que se teriam apropriado da riqueza e do Poder. Repare-se que os aristocratas saxónicos que subsistiam nunca são descritos depreciativamente, enquanto que dos da outra cultura só se salva Ricardo Coração de Leão. Da mesma forma, o Político Sul-Americano encarna muito mais um revanchismo índio, que vem à tona em momentos de espontaneidade como a primeira reacção à reprimenda do Rei de Espanha. É esta característica que me parece explicar a simpatia que denota por Obama, um desforço da "pureza branca", quando muito me surpreenderia que ela fosse recíproca. E o discurso anti-predomínio dos anglo-americanos tem muitas semelhanças com o de Hitler, salvo nos momentos em que tentou entendimentos com eles, que lhe deixassem rédea solta. Tertio -Por último, o tamanho da constituição instrumental que o derrotado do fim de semana brandia. Comecei por estranhar a dimensão microscópica, mas, depois, percebi: é tentame de induzir as pessoas na confiança de que as alterações que quer fazer passar são mínimas...
Secondo: Há aliás um equívoco na imagem que se dá de Chávez, paralelo ao da consagração popular de Robin Hood. Faz-se de ambos uma reedição da figura do Zé do Telhado, roubadores de ricos para dar aos pobres. Ora, no caso do Britânico, o conflito subjacente estava muito mais próximo do que fundamentou o ideário Nacional-Socialista, com os Saxões pintados em tons mais claros, em luta contra os Normandos, vindos do Exterior, que se teriam apropriado da riqueza e do Poder. Repare-se que os aristocratas saxónicos que subsistiam nunca são descritos depreciativamente, enquanto que dos da outra cultura só se salva Ricardo Coração de Leão. Da mesma forma, o Político Sul-Americano encarna muito mais um revanchismo índio, que vem à tona em momentos de espontaneidade como a primeira reacção à reprimenda do Rei de Espanha. É esta característica que me parece explicar a simpatia que denota por Obama, um desforço da "pureza branca", quando muito me surpreenderia que ela fosse recíproca. E o discurso anti-predomínio dos anglo-americanos tem muitas semelhanças com o de Hitler, salvo nos momentos em que tentou entendimentos com eles, que lhe deixassem rédea solta. Tertio -Por último, o tamanho da constituição instrumental que o derrotado do fim de semana brandia. Comecei por estranhar a dimensão microscópica, mas, depois, percebi: é tentame de induzir as pessoas na confiança de que as alterações que quer fazer passar são mínimas...
7 comentários:
Eu atrever-me-ia a dizer que tudo se baseia em mitos: o mito da raça (ou da pele), o mito dos pobres, o mito da "dignidade indígena"...
Não esquecer que a formação do Chavez é essencialmente militar e que foi um aluno brilhante da Escola de Guerra.
Meu Caro Francisco,
sim, mitos, até no sentido Soreliano de ideias mobilizadoras. E como oficial das forças de Elite claro que o Coronel Chávez aprendeu muito sobre como fazer mover os homens que comandava...
Abraço
Eu virei fã do Rei Juan Carlos da Espanha. "Por que não te calas, Chávez?" Trata-se de um bufão que, juntamente com seus pares na América Latina -incluo o molusco que governa o Bananão, quer deixar isso aqui mais desimportante do que já é. Dá uma preguiça, Paulo...
Prefiro mandar meus beijinhos pra você, confesso. ;)
Na Revolução Cultural o livrinho era vermelho. É tudo uma questão de tonalidades.
Abraço.
Esta mañana se ha comentado en la Radio que Hugo Chávez (Venezuela), como Manuel Chaves (Andalucía), gana en las zonas rurales y pierde en las capitales de provincia........
Querida Marie,
ora bem, ao menos eu não sou presidenciável, como fazia questão de anunciar no perfil`na barra lateral dos meus primeiros blogues.
Meu Caro Mialgia,
com efeito, a dimensão do livreco desperta reminiscências. É curioso é como o azul dá para isto. Agora, a Sua frase pde ser entendida como uma adesão para breve ao SLB?
Ahahahaha, Caro Filomeno! É que as chaves só servem para abrir fechaduras, não portas abertas.
Mas no caso venezuelano é grave para o próprio, porque os subúrbios não só davam votos preciosos, como voluntários para a luta de rua.
Beijinhos e abraços
Mas olhe que o vermelho deu para muito pior. Mais milhões que adeptos do Seu Clube.
Registo a louvável tentativa, mas como técnica (outra vez a técnica!) de vendas não me seduz.
Abraço.
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