sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Um Cheiro a Esturro...

Quem sou eu para duvidar da Prof.ª Herz? Mas esta ideia de que as Mulheres identificam os machos que Lhes encaixem através do cheiro, parece-me demasiado um Complexo de Cão Pisteiro. Pela experiência assustadora que é qualquer curta viagem de transportes públicos, a combinação do pivete de certos utentes com a aliança no dedo indica uma de duas coisas: ou há uma epidemia de proporções catastróficas de narizes entupidos, presumivelmente a sinusite crónica, ou o casamento por amor já conheceu melhores dias. Tudo porque não é crível que a população masculina se passe a lavar menos após a junção dos trapinhos e a insigne investigadora garante que só depois de casada a Mulher passará a aguentar qualquer cheirete. E não se pode permitir que o intercâmbio de suores dos trajectos urbanos sirva de fundamento de uma derrogação à Biologia!
Cá para mim, tudo se pode harmonizar com uma leitura atenta deste quadro argutíssimo: o que tresanda, para a penca de um homem, é muitas vezes adorável ao delicado narizinho Delas.
O Sentido do Olfacto, de Adriaen Van Ostad

14 comentários:

Gi disse...

Então e aqueles que são e sempre foram feios, porcos e a cheirar a cavalo? A Senhora "Coração" faz estudos em comunidades muito assépticas, ou então sou eu que sou a céptica.

Patti disse...

Logo pela manhã, com o cheiro a água e colónia e after shave, até nos podemos deixar levar pela imaginação. Mas depois de almoço vêm as desconfianças com o cheiro ébrio e ao fim da tarde…qual estivador!

Blhéck, essa Rachel só deve ter é um sentido – o do olfacto - por alguma falha congénita, ou então foi enganada por um que exalava por todo o lado para disfarçar o bedum e agora quer vingar-se dizendo disparates.

Só a mim é que não em pagam para fazer estudos desses.

cristina ribeiro disse...

Estudos que revelam pouco estudo; da conclusão só me parece evidente que " quando um homem cheira mal cria-se uma barreira que não permite intimidade".
Beijo, Paulo

Nelsinho disse...

Aaaargh!

Maria de Fátima Filipe disse...

Querido Paulo, não me parece que seja uma grande novidade. Que as mulheres no geral são mais selectivas, penso que não merece contestação, que o cheiro seja importante na atracção quimica, para mim é uma evidência...:)

Quanto aos hábitos de higiéne dos portugueses, há por aí muita gentinha a precisar de uma barrela, mas parece que no contexto europeu, nem seremos dos piores...

beijinho

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

arhg!!

e eu que tenho um cheiro malvado, deus me livre e guarde.

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

Caro Paulo, esse estudo só nos falta chamar cadelas...lol...hilariante...
já uma vez li qualquer coisa, mas não tem nada de parecido com isto...
o que eu li, é que quando um homem e uma mulher estão interessados um no outro, tendem a libertar hormonas nos suores, que são percepcionados pelos seus corpos, atraindo-se...Daí que um homem cheire mal e a mulher goste, é outra conversa...
E sim, realmente há com cada cheiro que até faz confusão... a mim quando o cheiro que emana dos sovacos de alguém na rua me passa pela narina, eu só digo: Buf...que falta de Rexona! lol...
=P
Beijinho

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

*queria dizer olfato :- )

Anónimo disse...

No meu tempo de menino e moço dizia-se que as mulheres gostavam de homens a cheirar a cavalo, caro Paulo.
Sempre achei estranho tal gosto, mas hoje compreendo as razões dos meus insucessos amorosos.
Abraço

Safira disse...

Pecadora me confesso: o cheiro a cavalo nunca me incomodou... desde que no próprio do equídeo, claro.
Não me lembro de ter incluido nos meus critérios de selecção o farejar intenso do espécime antes de decidir sair com ele, mas vou tomar nota para futura referência.

Beijinho e bom fim de semana

Pedro Barbosa Pinto disse...

Por que sofrimentos não terá passado esta pobre professora para poder trazer ao mundo conclusões tão importantes para o futuro da humanidade!
É que um estudo sobre os mecanismos do olfacto só me parece possível pela via experimental.
Imaginem um elevador onde estão vinte mulheres. Entra a professora de bloco de apontamentos em riste, acompanhada dum cavalheiro contratado, que depois de premir o botão do 20º andar, larga uma bufa fedorenta (suponho que será o realce que os homens usarão em épocas de acasalamento). E lá vai a professora, escrava da tese que prepara, anotando as senhoras que saem no 1º andar roxas por suster a respiração, as que aguentam até ao 2º porque já atrasadas para o ofício, as que...
Claro que o 20º andar trata-se duma ‘Penthouse’, onde não falta um oficial preparado para celebrar um matrimónio, caso no elevador, para além do cavalheiro e da muito agoniada mas competentíssima professora, reste ainda uma apaixonadíssima nubente.

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Gi,
ora bem, está visto que há por aí muito faro avariado. Ou então, o que é mais provável, a recolha de dados foi feita a pensar na comprovação de uma ideia pré-determinada, não para determinar uma conclusão.

Querida Patti,
e então a mim? Eu até estou a pensar pôr aqui no blogue um anúncio de disponibilidade para fundamentações engenhosíssimas acerca das regras e métodos da atracção, desde que o meu esforço seja devidamente compensado. E nam precisa de ser em cacau, pode ser em voluntariado para, hã, experimentalismo na recolha de certos dados...

Querida Cristina,
isso diz a Menina, hoje. A infalível investigadora já Lhe respondeu: quando casar estará por tudo, abolição do sabonete incluída.

Meu Caro Nelsinho,
e bem aaaaargh! Devo dize que poderá não haver dois cheiros iguais, mas os de falta de higiene parecem-me bem assimiláveis.

Querida Ariel,
claro que o cheiro pode ajudar à aproximação, não lembraria ao Diabo, nem sequer à eruditíssima Raquel, a elaboração de uma fundamentação detalhada disso. Agora, fazer depender desse contacto a identificação da compatibilidade em ordem a procriar? Conhece alguém que tenha a noção de ter obedecido a tal bússola?
No resto, dou-Lhe razão. Uma Querida Amiga que trabalhou na Suíça, País esterilizado, como se sabe, diz que os vizinhos dela eram escrpulosíssimos com a limpeza das partes comuns do prédio, mas que tomavam banho uma vez por semana.

Querida Júlia,
claro, ninguém acreditaria que Se estivesse a referir à emanação, olha Quem!
Bom, segundo a Rachel, isso pode abrir-Lhe muitas apetências, a menos que tergiverse para a hipersensibilidade.

Querida Lady Bird,
Pobre Amiga, no Verão Lisboeta aposto que não Lhe sobrará tempo para proferir outra frase!
Sim, essa da secreção de estímulos odoríficos também já se me atravessou no caminho. E é mais crível.

Meu Caro Carlos,
bom, somos dois, embora quando caio em engripar, pelos vistos, aumente exponencialmente a minha cotação no mercado. Mas que coisa, ter de optar entre a Mulher e a lavagem? Claro que o ultra-pessimista (eu sou-o só moderadamente) diria que é uma indecisão entre dois banhos...

Querida Safira,
aaaaaai! Tarde demais para apagar o post! Quer dizer que vou carregar no resto da vida o peso na consciência de havê-La levado a snifar!!!

ahahahaha, Meu Caro Pedro, brilhantíssimo! E colocando o Céu como limite, fico a perceber, depois da Sua magnífica ilustração, por que razão os Anjos não têm sexo!
Beijinhos e abraços

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

quem é a Rachel, querido Paulo??

Paulo Cunha Porto disse...

A investigadora do estudo do link, Querida Júlia.
Beijinho