quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poder Moderador

A Prudência e a Justiça, de PeruginoLeio sobre uma instituição chinesa que durou desde o século XI a.c.(!) até ao princípio do XX da nossa Era. O Tom-Tcha-Yang era um orgão de 36 membros, cujo nome significava O Tribunal que Vela Por Todos. Composto paritariamente por elementos das duas principais etnias do País, tinha o poder de modificar leis já promulgadas, segundo critérios de mérito, como de devolver ao Imperador decretos seus que achasse desconformes ao Direito, assim como apreciar todos os actos da Administração Pública, oficiosamente.
Grande vantagem haveria em ter nas partidocracias um travão de magistrados independentes deste tipo, que deixasse os politiqueiros facciosos condicionados por rédea curta. E, segundo consta, o prestígio dos que o integravam era incomensuravelmente maior do que o dos ministros. Imagine-se então se estes saíssem de cumplicidades organizadas sob rótulos, daquelas que se aguentam quando muito uma dezena de anos lá em cima...

19 comentários:

Luísa A. disse...

Levanta dois problemas a organização de um órgão desses num país pequeno como o nosso, Paulo. O primeiro poderia ser encontrar as pessoas independentes. Porque os nossos actuais «independentes» têm feito da «independência» um conceito duvidosíssimo (veja-se o exemplo de «independência» do actual presidente da Autoridade da Concorrência). O segundo seria, encontradas as pessoas, garantir que se mantinham independentes, porque consigo imaginar o cerco a que seriam imediatamente sujeitas. Mas acho que sim, Paulo, que devemos continuar a bater-nos, com todo o realismo, por certos ideais. :-)

Anónimo disse...

Assino por baixo o comentário da Luísa.

"Composto paritariamente por elementos das duas principais etnias do País..."

Ou seja, o recrutamento seria feito ali para as bandas da Quinta do Mocho...

Marie Tourvel disse...

Aqui no Bananão seria mais ou menos assim: formariam uma comissão de "notáveis" e "intelequituais" -sim, aqueles os quais maltrato um pouquinho lá no Letras, mas com a garantia que fossem todos da esquerda festiva. :)
Quando eu digo que não é fácil viver por aqui as pessoas não me entendem...

CPrice disse...

.. de facto, a haver independentes e imparciais que pudessem constituir tal órgão, seria quase impossivel que os mesmo mantivessem as qualidades depois de lá estarem. E isto porque todos temos um preço não é? até os que se dizem "insubornáveis" .. mas, concordo também com a Luísa quando diz que não podemos deixar andar só porque ..

Mike disse...

Mas nós não temos um Conselho de Estado? Esqueceste-Te, foi, caro Paulo? Ou porventura acharás o mesmo que eu? Que não é a mesma coisa, que estou a confundir a beira da estrada com a estrada da Beira?
Abraço.

Anónimo disse...

Having into consideration that i got a quite exotic and rare instrument...I would, only, charge you 500 euros for every ten minutes...hope that you happy with that. Actually, and because I m also a portuguese aristocrat, I will charge you double. What do you say, mate, to this fantastic promotion...Fuck!! is missing the interrogation mark on this key board...

T

Anónimo disse...

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T

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Luísa,
ora bem, qual é o índice de População não-recenseada em militâncias partidárias? E, se formos mais exigentes, de não-votantes? Será assim tão difícil encontrar umas dezenas suficientemente prendadas?

Meu Caro Mialgia,
era só para provar que nós nem tinhamos o contra de uma população de origem dominada por uma elite Mongol. Se funcionou no Império do Meip, com esse óbice, por que não dará resultado com quem não padece de semelhante mal?

Querida Marie,
a Menina nunca faria dessas, mas o pelintra que é este Seu admirador, em tais companhias, comeria o caviar e sairia de fininho quando se passasse à exibição da esquerdice.

Querida Once,
apelo à Sua erudição anglo-saxónica: o dito de Walpole que passou à História como "todos os homens têm um preço" foi uma deturpação da frase que testemunhas oculares garantem ele ter proferido: "todos ESTES homens têm um preço", referindo-se aos membros do seu governo. Que haja sido sentida a necessidade de generalizar, diz muito do conceito em que alguns terceiros se têm.

Meu Caro Mike,
mais do que um mau Conselho, era preciso uma boa decisão.
Quanto à Tua magnífica metáfora rodoviária, diria que é a diferença entre a intenção de ir dar a um objectivo, ou o perigo de ser atropelado.

T,
pouca sorte! Falta sempre qualquer coisa para tornar uma promoção (em todos os sentidos do termo) interessante, mesmo que se apresente dobrado.
Beijinhos e abraços

Anónimo disse...

Ha,ha,ha...darling, one of these days we will enchange some words again...you see; I am in some dodgy estern european country right now, that has not got into € yet! So there are a lot of key aspects of this fucking key board that can take a civilased person, like me, to go fucking nuts!! But you never know, it might be that one day I will have a "niponic" view about my sexuallity...or shall I rather say that you will never know, anyway...ha,ha,ha

T.

Paulo Cunha Porto disse...

Do tipo shibari, imagino...
Bom proveito.

Anónimo disse...

Brincalhao, o menino!!!

Nao, sera apenas Zen...you see, it does not exist really, is just a western word invention, dear!!

T.

Anónimo disse...

Did I say, word, rather the western country§s? ha,ha,ha - after a few pints what should we expect?

T.

Gi disse...

Paulinho: Isto era de pôr o nosso País de olhos em bico.

Paulo Cunha Porto disse...

T.,
óptimo,quanto ao Zen, sempre achei que no aproveitar é que está o ganho. E tanto vale para as migalhas como para banquetes mais lautos.
Quanto à certificação da palavra da corda, na época da globalização quem é que controla denominações de origem, salvo nalguns vinhos?

Querida Gi,
ehehehehe, lá isso... e em relação a este falido sistema político, poder-se-ia dizer "a vingança do chinês"
Beijinho

Maria de Fátima Filipe disse...

Querido Paulo, não acredito em magistrados independentes, independentes de quê? dos partidos? das corporações? dos lobbys? dos sindicatos? Por outro lado acredito sim que todos nós temos um preço, desde logo porque somos vulneráveis, só que o preço não tem necessáriamente de ser dinheiro ou quaisquer prebendas...

Beijinho

Anónimo disse...

Ah, Homem de Fé Inquebrantável!

Abraço.

ana v. disse...

Ah, Paulo, Homem de respostas prontas e mortíferas... (assistir de camarote a um duelo em que tu entres é um verdadeiro prazer) ;-)

CPrice disse...

Eu sei Meu Amigo e sendo a formação do senhor nas Finanças até se entende o fixar de um valor pela alma alheia .. mas sabe? acredito cada vez mais que todos temos. Basta ameaçarem o que nos é mais querido ..

Abraço :)

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Ariel,
bem,perante esse mndamento, fiquei a interrogar-me sobre qual será o meu custo estipulado... Ainda não cheguei a uma resposta, mas olhe que conheço meia-dúzia de casos que nem vantagens espirituais, ou recompensas do próprio gosto conseguiram, até agora, comprar. Se no fim da vida estiverem na mesma, penso que devemos dar-Lhes o benefício da dúvida quanto a serem Seres Sem Preço...

Meu Caro Mialgia,
se não me restasse esta, não sei se valeria a pena continuar por cá. É preciso é que a disposição não me faça imaginar qualidades em casos que, evidentemente, as não possuam.

Querida Ana,
lá vais Tu aumentar a minha fama de respondão, quando apenas acho da essência do bloguismo receber adequadamente cada visitante.

Querida Once,
aí não será compra, mas chantagem. Estou certo, ou estou errado'
Beijinhos e abraço