sábado, 8 de novembro de 2008

Sufragistas Totalitários


Os Srs. Monteiro, Abrunhosa & Serrão querem obrigar o Pessoal a votar, para tornar mais participativa e representativa a paródia eleitoral. Se fosse participada, ainda se perceberia. Agora, com estas qualificações, ficam os próceres da introdução forçada nas cabinas igualizados aos radicais islâmicos, os quais acreditam piamente que conversões sob ameaça correspondem a expansões da Fé respectiva.
Ainda compreendo essa imposição em Países regionalmente divididos em culturas diversas e sem desproporção quantitativa entre elas, Bélgica e Suíça, por exemplo. Aí, cumpriria a missão de garantir a intervenção do homem comum em questões concernentes ao País como unidade, evitando uma adstrição exclusiva aos níveis inferiores de comunidade, que, a não ser assim, poderiam tornar-se as ínicas referências dos populares.
Num cantinho velho e uno como o nosso é que não. Desde já garanto não me submeter, o regime auto-proclamado da Liberdade não pode fazer de mim um democrata à força. E se a medida for para a frente, esmolarei outra nacionalidade que me acolha, sem equiparável opressão. Mais, descambando o Planeta numa uniformização absurda que generalizasse esta coacção, não terei dúvida em demandar outra urna que não a dos papeluchos.

12 comentários:

Marie Tourvel disse...

Vivemos isso desde sempre aqui no Bananão. Entende o motivo de eu sempre mudar o nome desta terra a qual insistem em chamar de país? :)))
Beijo

Maria de Fátima Filipe disse...

Credo Paulo! "demandar outra urna que não a dos papeluchos"????? não estaremos ainda a ressacar das contrariedades da Electrónica? Vamos lá a melhorar essa disposição :)
e deixe lá os monteiros, abrunhosas e quejandos, já temos numeros de circo que bastem, nao carecemos de palhaços.

Um beijinho

ana v. disse...

Caramba, Paulo... antes morrer que votar?? Vê a coisa pela positiva: podes escrever um protesto monárquico no boletim de voto, por exemplo!

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Marie Tourvel,
sem dúvida que ser obrigado a votar é inaceitável. E no Grande Brasil também não há pulsões secessionistas, que eu saiba.

Querida Ariel,
já não deve ser em minha vida, mas antes para o lado de lá do que cúmplice do que considero ignomínia - a votação em partidos.

Querida Ana,
nunca me seduziu essa prática, que vejo oscilante entre o infantilismo e a impotência.
Beijinhos

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

estive no Brasil em época de leições e também me fez muita confusão a obrigatoriedade de voto..
sou contra,claro.

beijinho feliz por o ver de volta!

Anónimo disse...

Bem, pelo menos era uma forma de garantir uma diminuição drástica (embora fictícia) da abstenção...

Mas também lhes poderia sair o tiro pela culatra: aposto que a proporção de votos em branco aumentaria exponencialmente...O que não deixaria de ter piada: imagine-se um partido chegar ao poder com menos de metade dos votos expressos, por exemplo. Muito mau...

Ab
T

Anónimo disse...

Obrigado a votar? Com esta panóplia de estupendas alternativas?

Estou como o outro: É já a seguir! Mas é que é já a seguir!

Abraço.

Pedro Barbosa Pinto disse...

O senhor Abrunhosa de mãos dadas a Monteiro e Serrão?
"THE SHOW MUST GO ON"
Se a voz não ajuda nas cantigas e se a Esquerda caviar já está bem servida de ‘artistas de palco’, junta-se agora à Direita. O que é preciso é continuar a aparecer.

Quanto ao voto obrigatório eu até gostava que fosse assim. Haja uma multa em que eu sinta orgulho e prazer por pagar! (e até costumo votar nas legislativas e nas autárquicas - em branco mas costumo).

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Júlia,
é um princípio aberrante, pelo grau de imposição, mas uma defesa de quem não consegue cativar doutra forma...
Bem, eu nem um dia cheguei a estar ausente, apesar do desânimo!

Não falando, Meu Caro TSantos, no previsível aumento de nulos com mensagens insultuosas rabiscadas... Então entre a Juventude...
Mas isto é tudo gente que não se atrapalha, a mesma que considera votações diferentes das repartidas habitualmente na desprimorosa categoria de votos de protesto.

Meu Caro Mialgia,
por isso eles Lhe querem aplicar sabe-se lá que pena infamante, para O punir de uma manifestação de vontade tão natural...

Meu Caro Pedro Barbosa Pinto,
ehehehehe, pus-me a imaginar o Amigo a emoldurar o papeleco da extorsão...
Mas olhe que há sítios em que o totalitarismo votómano vai ao ponto de estabelecer inibições no acesso ao funcionalismo público e até, num caso, à possibilidade de benefícios do equivalente ao Serviço Nacional de Saúde, não apenas castigos pecuniários.
Beijinhos e abraços

Pedro Barbosa Pinto disse...

Caro Paulo,
Se a petição dos senhores MAS incluír nas punições, a inibição do direito a uma boa soneca no Hemiciclo de S. Bento ou a impossibilidade de se poder assistir ao nascimento dum filho numa ambulância estacionada na berma duma linda auto-estrada, então já cá não está quem falou.
Um abraço :-)

Tiago Laranjeiro disse...

Os três proponentes do voto obrigatório já mostraram há muito que dominam a arte do espectáculo. "The show must go on", como dizia Pedro Barbosa Pinto. E esta nova peça de Manuel Monteiro encaixa perfeitamente na obra que vem tentando fazer...

Da criação do PND à bandeira nazi exibida no Funchal e consequente encenação de demissão de líder do seu partido, à candidatura como deputado independente tudo encaixa se pensarmos um pouco.

Paulo Cunha Porto disse...

Ahahahahaha, Caro Pedro usso é que seria esperar demais desta gente...

Mas é triste, Meu Caro Tiago Laranjeiro. Eu sei que a luta pela visibilideade é um flagelo dos pequenos partidos, mas não me parece haver necessidade de exotismos como o do comportamento dos responsáveis insulares da ND, ou esta totalitarização eleitoral...
abraços