sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Sorte Grande e a Terminação

A Dor na Responsabilidade, de Jim Caron

Não tenho qualquer opinião sobre o Sr. João Rendeiro e nem estou certo de haver ouvido falar dele antes da falência que era para ser mas está adida do BPP. O que me parece pouco admissível é a volta por cima que tenta dar, dizendo que está disponível para sair, não querendo fugir às suas responsabilidades. A meu ver, trata-se de confundir responsabilidade com disponibilidade, talvez porque terminem da mesma maneira...
À instituição bancária que não soube gerir, mas, muito mais, ao Estado, saiu a Sorte Grande de uma intervenção, pressionada mas conjunta, dos Grandes Bancos, cheios de medo de contágios, para manter à tona a vítima da gestão calamitosa que fez as coisas chegarem a este beco com pouca saída. Não é pois paranóia de encontrar culpados, mas a obrigação de encontrar os culpados que deve tornar a sua vontade de colaborar, saindo, irrelevante.
Entretanto, o Estrela da Amadora encontrou na Liga o seu "Banco de Portugal", que dá pelas asneiradas tarde e a muito más horas, mas desempenha uma função importantíssima. Contudo, falta-lhe a fortun - em todos os sentidos - do (sub)mundo da Finança, imaginem se fosse pedir ao Benfica, Sporting, Porto e mais algum que lhe viessem pagar vencimentos de atletas com quem nada tenham a ver...

11 comentários:

Pedro Barbosa Pinto disse...

Será que também vão nacionalizar o Joe Berardo?

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=343200

ana v. disse...

Boa!!!! O comendador metralha nacionalizado significaria que passava a ser de todos nós...
logo, meu...
logo, à minha disposição para eu fazer o que quisesse com ele...
logo, seria exportado para a Antártida com carácter definitivo!!

Talvez os pinguins entendam o que ele diz melhor do que nós, humanos...

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

Permita-me que lhe faça o mesmo Ana V. ... concordo plenamente em relação ao Berardo... =P

Oh Paulo... e no tempo em que o Campomeiorense era o Clube Satélite do Sporting e que o Alverca era o Clube Satélite do Benfica?
Não era mais ou menos isso que acontecia?... pelo menos o intercâmbio de jogadores era notório...

Beijinho

Anónimo disse...

esse João Rendeiro não é aquele ex-jogador de hóquei em patins? creio que é por isso, meu caro, que o Estado lhe está a pagar este tributo.
Abraço

Paulo Cunha Porto disse...

Tanto milhão, Meu Caro Pedro!
Mas interesse público nessa intervenção é que esria mais difícil de encontrar- Eu até vendo por um cênntimo a minha parte.

Oh, Aninha, estás muito clemente! Eu a pensar que ias condenar o Comendador a um jogo de cartas vitalício com o Presidente Bush, outro vulto que tanto aprecias...

Querida Joaninha,
hoje é pior, clubes que se não têm por satélites utilizam muitos jogadores com ordenados pagos pelos grandes, por pertencerem aos respectivos quadros.
Daí a resalva que ficou no texto.

Meu Caro Carlos, esse era Lúlio.E trazia prata para os seus, não a tirava. Refiro-me às taças ganhas, claro.
Beijinhos e abraços

Anónimo disse...

Dei hoje de caras com um livro que me sobressaltou:

"João Rendeiro - Testemunho de um Banqueiro"

Dei comigo a pensar: "Tu queres ver que afinal resolveu contar tudo?"

Mas não há bela sem senão. Mais abaixo podia ler-se: "Como triunfar nos mercados internacionais"

É mais um caso de sucesso. Tem tudo para se tornar num sucesso de vendas natalícias. E o timing não podia ser melhor.

Abraço.

ana v. disse...

A fórmula já está encontrada e tem sempre sucesso, Mialgia:

1. Dar uma golpada qualquer, de preferência bem aparatosa e mediática.

2. Ignorar olimpicamente a justiça, sabendo que está garantida a absolvição ou a prescrição do processo.

3. Escrever um livro sobre o caso e ganhar mais uns patacos.

Anónimo disse...

Chapeau, Ana! :)))

Bic Laranja disse...

O livro é sobre antes da falência (ou insolvência, como se queira). Estava preparado contando que o eldorado financeiro não acabasse.
Ou não se publicava, admitindo o falhanço; ou se publicava sem embargo do ridículo, como se publicou, para recuperar umas massas à custa da saloiada.
Não imagino o que irá vender.
Cumpts.

Anónimo disse...

Caro Bic Laranja,

Só podia, não é?
Pode ser que interesse a putativos aprendizes da alta finança...

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Ana e Meus Caros Mialgia e Bic,
imagino que o Autor haja adicionado um capítulo ao livro, a parte que poderá fazer vender mais é como receber um dinheirão de outros agentes do ramo, depois de dar tão grande buraco...
Ainda me apetece menos ler este do que «A Armadilha», do Vale e Azevedo.
Beijinhos e abraços