Episódio da Vida de um Hospital, de PontormoClaro que sou favorável a acabar com estratagemas que retardam o ingresso hospitalar de compatriotas dele necessitados. O meu problema está em, por um lado, saber que o Estado é mais ligeiro a estabelecer regras moralizadoras de financiamentos do que a garantir os recursos que evitem as manhas compensatórias do seu incumprimento. E, por outro, acima de tudo, com o sujíssimo cadastro que o actual Governo granjeou, especialmente com o anterior Titular da Saúde, no receio de que esta aparente disciplina do campo dos internamentos venha a configurar pressões para que sejam postos fora da respectiva assistência utentes ainda dela precisados. Fica o alerta, há que seguir com atenção.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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4 comentários:
Caro Paulo, é o que actualmente já acontece, sem a dita disciplina...
é triste mas é a realidade...
Beijinho
Querida Lady Bird,
também vivi uma experiência familiar em que houve celeridade em despachar a paciente. Mas enfim, a conduta reprovável certificada era outra, aqui.
Beijinho
Tem toda a razão, Paulo. Nunca ouvi falar em retardamentos de altas, que, para muitos doentes, trariam o conforto de um acompanhamento mais prolongado. Mas estou farta de ouvir falar de antecipações de altas, para libertar camas, e de doentes que são mandados para casa em condições precaríssimas. Um assunto a acompanhar, certamente. Tanto mais que se prepara, ao que parece, mais uma brilhante lei destinada a «normalizar» o que é casuístico por natureza.
Ai, Luísa, o medinho que eu tenho destas normalizações. E, realmente, com a falta de camas que há, ao menos nas zonas urbanasa julgo que livrar-se dos pacientes tão depressa quanto possível é o mais frequente. Eu senti-o, mas até compreendo, face a urgências maiores, supervenientes.
Beijinho
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