Que a Sagrada Família haja sido pintada com traços de etnias africanas em comunidades desse continente, vá que não vá, é a tirania do que se conhece proximamente, convergindo para O Que é susceptível de adoração universal, também temos vestígios do mesmo nas obras-primas renascentistas que colocam trajos da época em quadros vividos por Jesus. O que de todo fica por explicar é a coerência da produtora actual dos filmes do 007, que diz que um James Bond gay é impensável, por lhe contrariar o carácter, mas igual agente secreto negro é perspectivável, por causa do triunfo de Obama. O que se acharia extraordinário era tanto respeito pela personagem fazer tábua rasa da sua genealogia, helvético-escocesa, como Fleming bem determinou. Mas nestas mentalidades confusas o entusiasmo pelo desfecho eleitoral americano é tanto que querem à viva força transplantar um efeito Obama para o cinema de culto, não ignorando sequer a brisa corrente dos resultados dos referendos estaduais que interditaram casamentos à comunidade homo. A fantasia, corroborada por um Daniel Craig que, uma vez mais, demonstra nada perceber do personagem cuja pele veste, diz muito pouco do agente secreto mais famoso do Mundo. Mas bastante da ingénua adoração do ainda Senador do Illinois, que quer grudá-lo a tudo o que tenha sombra de qualidades. Mesmo que implique... um assassínio de... character.
sábado, 8 de novembro de 2008
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21 comentários:
Quanto à Sagrada Família a "interpretação" começou logo com os europeus, a pintá-la com a fisionomia e as cores de nórdicos e ignorando olimpicamente a geografia a que pertenceram. Se aceitamos que os símbolos religiosos sejam adaptados ao folclore local para maior adesão dos crentes, não vejo grande mal em que o sejam também em África.
Quanto ao James Bond, concordo inteiramente contigo. Seria estranhíssimo, para não dizer ridículo, um 007 asiático, negro ou esquimó, porque desrespeita totalmente a personagem criada por Ian Fleming. Nem o próprio Obama concordaria com tal disparate, acho eu.
Sabina Guzzanti, tras rodar "¡Viva Zapatero!"......¿Rodará "¡Viva San Obama!"
Querido Paulo, vou mais longe, para mim o 007 "acabou" com Sean Connery.
Beijinhos
Suscribo lo dicho por Ariel. Connery es el Bond por antonomasia........
Outra para quem "o" Bond era Sean Connery; a partir de então, e agora com esta sugestão, e como diria a minha avó, são " modernices"...
vocês lembram que falamos há tempos sobre as preferências entre Sean Connery e R. Moore?
Na Câmara Clara ouvio JAB que escreveu um livro sobre o criador , Ian Flemming, disse que este preferia Roger Moore e abominava Sean Connery.
Perdi, pois eu pensava o contrário..,
Caro Paulo, em pequenina gostava muito do Roger Moore, depois passei para o Sean Connery, e hoje em dia tenho boas recordações de Pierce Brosnan...Acho que os três fizeram um bom trabalho (sei que há mais lá para o meio de quem não me recordo o nome, talvez por não ter apreciado as suas interprtações)...
Agora, este 007, como já me pronunciei no meu blogue, é muito frio, muito distante, uma máquina apenas e só para matar, e apesar de Daniel Craig ter dado um salto em termos de sensibilidade, de Casino Royal para Quantum of Solace, ainda deixa muito a desejar...
Agora, quanto ao facto de vir um negro por causa de Obama... é mau demais... mais valia porem a M a fazer de Bond...realmente...que coisa tão parva...até pode haver agentes secretos negros, e não tenho nada contra, mas o Bond é o Bond! E mal por mal, deixem ficar o Craig.
Beijinho
Connery es Bond;
Moore es El Santo;
Craig es "Grilenku" en "From Russia with love"
Um 007 negro? Claro, porque não? Um típico
escocês, não é? Ainda se ele fosse de
Londres...Odeio o politicamente correcto!
Ab
T
Querido Paulo,
Entrando a meio da conversa também acho que seria Sean Connery O Bond...quanto ao resto, inclusivé às declarações do actual bond, acho que será apenas uma forma de chamada de atenção...
Beijinho
Caro Paulo, o meu Amigo deve estar com tosse e meteu-se em xaropadas, foi?
Abraço.
Paulo, também acho que podem criar-se, com vantagem, heróis de todas as cores. Mas cada um terá o seu aspecto próprio, que ajuda à formação da respectiva personalidade. Não faz sentido um Bond que não tenha origens escocesas (e suíças), como não faz sentido um Harry Potter sem óculos ou um Columbo (lembra-se?) sem gabardine enxovalhada. Claro que podem «fazê-los» diferentes, mas correm o sério risco de que fiquem realmente diferentes. :-)
P.S.: O Daniel Craig, sem o humor e a malícia um pouco machista, mas gira, dos seus antecessores, também não é bem um James Bond.
Não vejo qualquer hipótese de se concretizar. Nem uma nem outra porque, para além de absurdas, não seriam poltícamente correctas e prestar-se-iam a péssimas leituras para a imagem dos EUA.
Abraço.
Essa coisa de "o primeiro negro isso", "o primeiro negro aquilo", me soa como racismo. Como se o negro fosse incapaz de algo, entende? Não deveria espantar ninguém. Li num blogue daqui do Brasil que deveriam eleger um papa negro também. Querem cota pra Papa também... Deixe que brancos ou negros consigam tudo por mérito, não é melhor assim? E que um dia soe como normal negro ou branco no poder.
Beijos!
Blond... James Blond...
O James Bond, para mim existe além do actor que o representa. Não tenho preferência por nenhum, mas o meu favorito é sempre o James Bond.
O que é preciso é que o Bond, seja ele quem for, traga um contributo cada vez mais positivo para as sexta-feiras do Duro das Lamentações.
Por mim, desde que não chamem o Timothy Dalton de volta, façam o que quiserem.
Beijinhos
PS: eu sempre gostei do Roger Moore para o Bond perfeito. Do Pierce gosto, mas por motivos que nada têm a ver com o herói do Flemming. O Daniel, não o vi ainda em nenhum dos Bond, mas acho-o muito adequado. Tem aquilo a que eu chamo 'pinta'.
Querida Ana,
mas, no que toca a essa idealização, a base estava em associar o claro à Pureza, pois muitos do que a edificaram foram Italianos, onde essas características físicas eram minoritárias. Não se tratou, portanto, de uma projecção do que se era No Que se venerava.
Como digo no tezto, é compreensível esta ligeira escorregadela da Verdade.
Quanto ao 007, é evidente que se trata de uma palhaçada. E tenho a certeza e que o Presidente Eleito despacharia este duo da corda, se posto perante a questão.
Meu Caro Filomeno,
ehehehehe! E já estou a ver os adversários do Político a rodarem uma resposta «Viva Sin Obama!».
E sim, as feições de Caig apontam mais para a Europa de Leste do que para a Albion.
Querida Ariel,
também tendo para esse lado, pela ambivalência de serviço com ausência de escrúpulo excessivo que só Connery coube encarnar.
Querida Cristina,
aliás, assumidamente. A fundamentação dela, acerca da mudança da parte mais ligeira da personagem é um delírio. Diz que ps anos 1980 eram mais propensos ao optimismo. Eu tornei-me homem nessa época e ninca dei por tal...
Querida Júlia,
penso que isso pode ser explicado pelo tom de piada escapista que Moore imprimiu ao personagem, enquanto Sir Sean afirmava um egotismo mais à séria,o que talvez dê uma aparencia menos convencionadamente britânica...
Querida Lady Bird,
e já se falou num James Bond de saias...
Devo dizer que não seria James Bond, mas até seria engraçado um 008, por exemplo, representando o Belo Sexo.
Meu Caro TSantos,
pois, mas só para o espectador a quem outro produto da Escócia, aquele líquido que se toma com gelo, tenha turvado muito a vista...
O pensamento PC seria uma graçola, caso não se tomasse tão a sério.
Até acredito, Querida Ka, que fosse para ganhar audiência entre os eufóricos com o resultado presidencial. Mas é preciso atacar as ervas daninhas logo ao princípio, ou infestam tudo.
Meu Caro Mike,
grande percepção do que foram aqueles dois depoimentos. Não há paciência.
Querida Luísa,
é isso mesmo, o Shaft, por exemplo, está muito bem como foi inventado. Era a mensagem daquele anúncio "um Preto de cabeleira loura e um Branco de carapinha...".
Inteiramente de acordo quanto ao Craig, um Bond desinfectado é uma negação do magnetismo que o informava.
Meu Caro Mialgia,
sabe o amigo isso, não o desconheço eu. Mas temo que naquelas mentes sem discernimento possa passar como algo agradável ao espectador, ou, pelo menos, ao espectador norte-americano...
Querida Marie,
é essa a minha posição. Até me fazia confusão as Barbies de outras cores! Não é necessário generalizar uma figura só porque teve sucesso, ora!
Meu Caro RAA,
à partida, ser louro parece-me pouco indicado para o 007, porque a ligeireza associou a cor menos carregada ou ao Puro, como referi à Ana, ou ao burro, vê as anedotas sobre as Miúdas com cabelo desses tons. Também por isso Craig soa mal. E, como dizes, esta extensão, upa, upa.
Querida Patti,
se vivesse do livro, concordaria por inteiro. Mas como foi o cinema que lhe deu relevo, parece-me menos fácil abstrair da concretização.
Meu Caro Pedro Barbosa Pinto,
aqui ainda n~´ao, mas na morada anterior...
Ora espreite, sff:
http://parafrasefacil.blogspot.com/2008/01/v-olga.html
Querida Safira,
eu reconhecia no Pierce algum esforço de adequação, embora, por isso mesmo, não aquela pontinha de cabotinismo que "fazia" o figurão.
Craig, quer pelo físico, como digo acima, quer pela falta de adesão ao tom da criação, parece-me menos vocacionado.
Beijinhos e abraços
Paulo
"O pensamento PC seria uma graçola, caso não se tomasse tão a sério."
Pois, esse é precisamente o ponto...
Ab
T
Ehehehehe!
Ab.
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