
Mas ainda considero mais temível o actual regime apadrinhado pelos Americanos. Um governo demagógico como o do Sr. Zardari, a cada dificuldade, quererá tirar-se dela mostrando cara feia que agrade à fervente sentimentalice popular anti-hindu. Como ainda agora, ao recusar extraditar para a Índia qualquer Paquistanês envolvido, limitando-se a admitir julgá-lo pelos seus tribunais se as provas de Delhi forem esmagadoras.
Não deixa de ser irónico que a Índia, durante tantos anos um aliado de facto da União Soviética, seja agora amigo mais fiável para o Ocidente, por via do radicalismo muçulmano armado por ele. A única coisa que me intriga é qual será a posição da China: muito tempo apoiante do Paquistão contra a potência hostil a Sul, en que medida arrefecerá esse junção de vontades com a revolta de agitadores maometanos no seu território?
9 comentários:
Inteiramente de acordo com a sua análise, Meu Caro. Esta história das tensões entre a Índia e o Paquistão é cíclica, por vezes mais inflamadas, e espero que este caso seja só mais um episódio. Não me parece que aproveite a alguém um conflito generalizado. Nem aos EUA nem à China, nem à Rússia.
Abraço.
Todo um leque de opções perigosas naquelas insondáveis cabeças, como muito bem simboliza a imagem...
Beijinho
Acho que eles nem passam bem sem estas tensões bélicas.
Querido Paulo, adoro os penachos destes uniformes, são espectaculares.
Indo á substância, subscrevo completamente a sua análise. Ademais, não confio no Paquistaão, seja ele de Musharraf, seja de Zardari,seja de quem for. tornou-se um estado ingovernável, falhado, e perigoso pelo poder nuclear que possui.A Índia apesar de tudo sempre teve outra
consistência independentemente das alianças conjunturais.
Desde a própria partição, Meu Caro Mialgia. Tudo seria mais fácil se não se tuvesse cedido à tentação de armá-los. Agora é o mundo inteiro que fica sobre brasas.
E, Querida Ana, na fronteira onde a foto foi tirada repete-se todo o santo dia um ritualismo de passos entre o marcial e o desafio que... só visto. Não há qualquer latência do bélico, é apenas um arrastamento dos preliminares à espera da consumação.
Querida Gi,
há muita razão no que aponta, enraizou-se de tal forma nas populações o ódio ao vizinho que é grande tentação de qualquer governo demagógico fazer subir uns decibéis a confrontação para esconder as dificuldades em internamente governar com acerto.
Querida Ariel,
uma Águia que não gostasse de penas!
A imagem parece de um combate de galos, com aquelas cristas. Mas ao contrário dessoutra violência, ninguém consegue proibir a que está por detrás do confronto fotografado.
A situação paquistanesa é muito perigosa, sem dúvida, pelo armamento nuclear que corre o risco de ficar em roda livre. Mas mesmo sob a direcção hierárquica aceite internacionalmente não vejo razões para nos tranquilizarmos.
Beijinhos e abraço
Sim, já vi um documentário sobre esse ritual diário de provocação e exibição de forças. Uma luta de galos, como dizes.
Vou averiguar, Caro Filomeno.
Só visto, Ana, é de um primitivismo (modernissimamente armado) que transforma qualquer mirone em antropólogo!
Beijinho e abraço
Te envié las declaraciones en e- mail (El Mundo, La Voz de Galicia)
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