

Fora disso, também já contei algures como a minha Mãe me passou para as mãos os romances de Júlio Dinis e a «Guerra e Paz» de Tolstoi, enquadrando muito embora a leitura com a explicação histórica, facto que me causou algum traumatismo de que ainda me não livrei.

Mas, logo em seguida, veio o conjunto que quero hoje enaltecer, a «Colecção Histórias», da Bertrand, onde tomei o primeiro contacto com muitas obras de que logo quis ler uma versão mais adulta. Era coisa admirável para fomentar hábitos de Leitura. Livros que me marcaram, como «Os Três Mosqueteiros» e «Vinte Anos Depois», de Dumas, o «Robinson Crusoé», de Defoe, ou «A Flecha Negra», de Stevenson, aí tiveram o primeiro contacto. O facto de alternarem as páginas de texto corrido com as de uma súmula, em quadradinhos, tornavam-nas particularmente apelativas e eficazes, em ordem a despertar a curiosidade e o seu filho, o vício. Aí, com o Sinbad, vivi a primeira aproximação às «Mil e Uma Noites», que, posteriormente, li por completo, quer em boa versão portuguesa da opção realista de Mardruz, quer numa edição setecentista do elegante Galland, que possuo. E ainda guardo o projecto de me abalançar à transposição de Burton, no Inglês em que ficou. Hoje por hoje, depois de ter estudado não sei quantas páginas sobre o Robim dos Bosques, quer em ensaios sobre a lenda, quer em ficções, é ao tríptico constante deste grupo que me mantenho fiel, no estabelecimento da ortodoxia narrativa.
Em sequência, viria outro conjunto importante, o da «Biblioteca dos Rapazes», da Portugália, começando pelo terceiro da série Dumasiana, «O Visconde de Bragelone», não publicada na anterior. Logo após o que a Entidade Materna me achou maduro para me meter nas mãos «A Cidade e as Serras». Estava lançado!
14 comentários:
O título prometia!
... e cumpriu.
Pois...
;)
A Gi é uma mandona, é!
Os livros do Astérix, Tintin e Banda desenhada da Disney (versão brasileira), tinha que ir ler na casa da minha melhor amiga e vizinha do lado;
Os meus pais sempre embirraram com livros aos "quadradinhos", como se chamava na altura.
Chamou-me logo a atenção essa foto da colecção Histórias para rapazes, o meu preferido -que estou a olhar para ele no momento, em 1ª edição- é Buffalo Bill.
E depois claro, a colecção Histórias para raparigas, como As Mulhezinhas Quo Vadis, As Duas Orfãs e muitos outros que guardo todos.
E o Ivanhoe? E O Rob Roy? E Vinte Anos Depois?
Também era fã do Gordo e do coitado do Arreda, como já pudeste ler numa das minhas histórias.
E que aventuras e aventureiros esses que vão descendo por este post abaixo!
Maravilha! Também me lancei naquela altura e agora a ler-te.
Beijinhos Paulo
Foi tudo isso, Paulo, mais o Super-Homem, Batman, o Major Alvega o Ene3, Mandrake, Fantasma (ó pra mim!). o Mundo de Aventuras, o Universo Disney, o Condor, etc.
O que eu ansiava pelas idas à Feira Popular com os meus pais. Tinha lá uma loja que vendia tudo o que era quadradinhos. Saía de lá sempre carregadinho de livros. Chegados a casa a minha Mãe escondia-os e dizia-me que só os podia ler nas férias. Mas isso é outra história...
Abraço.
Tentei, Margaridinha. Pensava que ia para outra temática?
Querida Gi,
Coitada! Mas até deve ter aumentado o gozo, dava-Te as alegrias da excitação de um desporto radical, se não perigoso...
Querida Patti,
também li o Búfalo, pois. E foi por aqui que também me apresentei a Scott, com o «Ivanhoe» e «O Talismã». Depois, descobriria, entre muitos bons, um romance extraordinário dele, «O Antiquário».
Meu Caro Mialgia, que tortura, ter de esperar pela pausa escolar! Imagine a Miudagem de hoje, com umas feriazitas encolhidas ao exagero pela lavagem incompetente das deficiências do sistema educativo...
Beijinhos e abraço
Há uma coisa que me fez espécie, meu caro: diz que ficou «de vez (...)» a partir da «figura do Capitão» que conheceu nas 'Aventuras de Tintim'? Como o próprio nome do bom do Capitão indica, ele é um provisório e não um definitivo...
Abraço.
Meu Caro JC,
o único arenque célebre que não é defumado conseguiu roubar a primazia ao seu amigo mais certinho e sempre vencedor. Ao ponto de Hergé, segundo nos conta Assouline, ter tido de esclarecer que era o Reporter o herói e não o Companheiro Barbudo...
Se o Amigo quiser ver o que penso a respeito, é favor ir aqui:
parafrasefacil.blogspot.com/2008/05/eu-diria-mesmo-mais.html
Abraço
A Margaridinha às vezes tem uma mente tortuosa...
LOL!
Identifico-me muito com o seu trajecto e as suas preferências Paulo, com duas pequeníssimas excepções: nunca desconfiei dos Cinco, embora a minha personagem preferida fosse a cozinheira Joana (cão que ladrava, mas não mordia); também li, a seu tempo, a «Biblioteca das Raparigas», juntando a «aventura» da dos rapazes ao «romance». :-)
Por curiosidade, também vim dar uma olhadela, para conhecer os restantes nomeados pela Gi para este desafio.
O menino de pedra a ler é um espanto!
Olá, eu sou a vizinha do lado da GI, aquela que lhe proporcionou o prazer do fruto proibido... também aceitei o desafio. Há no teu post, como é óbvio, muito em comum com o meu e, ao lê-lo, lembrei que me esqueci do Robin dos bosques, da Flecha Negra, e outros que por aqui li nos comentários como, Ivanhoe e, na banda desenhada Mandrake.
Enfim...com certeza, todos os que aceitámos o desafio teremos muito em comum...
Boa, meu caro. Fui lá e gostei.
P.S. (salvo seja!): Milu é efectivamente cadela.
Querida Margarida,
mas até isso nos faz gostar Dela...
Querida Filoxera,
Bem Vinda! Gostei da escultura, que me pareceu ilustrativa da primeira curiosidade e concentração de Leitor. Também terei todo o gosto em retribuir a visita.
Querida TeddyLover,
em boa hora despoletaste a iniciativa. É tão agradável descobrir percursos comuns... um pouco como recordar as vivências, acrescentando a frescura do conhecimento!
Meu Caro J.C.,
há uma discussão tremenda sobre esse assunto. Ainda bem que gostou.
Beijinhos e abraço
Querida Luísa,
os Cinco pareciam-me demasado sérios, mão quis dizer mais do que isso, coitadinhos.
Beijinho
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