
O mal nem é tanto estudar demasiado, é a necessidade de recorrer ao estudo de outros. Curto e grosso, não se lamenta tanto que os nossos organismos sejam marrões, mas, mais, que sejam cábulas com necessidade de repousar nos testes dos vizinhos.
Quereis uma revolução? Invocai os três ingredientes que nunca lhes faltam: a loucura, a maldade e o sofrimento. A loucura dar-vos-á máximas de justiça; a maldade, os executores; o sofrimento, um povo. Rapetti
10 comentários:
E o mais extraordinário é que muitos dos estudos foram encomendados só porqe sim, sem qualquer razão específica para tal...:S
é uma vergonha...um descalabro.
E no OE para 2009 lá consta, como não podia deixar de ser, uma fatia de 135 milhões destinada a Estudos, Pareceres, Derivados, Correlativos e seus Sucedâneos. E se pensarmos que muitos destes trabalhos são encomendados com uma preferência pré-definida alguns deles nem chegam a ser extenuantes. E a maioria podia e devia ser executada pelas estruturas do adjudicante.
E isto sucede-se, ano após ano. Há poucas semanas o Sol(?) apresentava a lista dos benficiários do costume. E no sector da construção a situação é semelhante. São empresas, alegadamente privadas, mas que não passam sem o Plano de Obras Públicas do Estado.
"O mal nem é tanto estudar demasiado, é a necessidade de recorrer ao estudo de outros."
Gostei do eufemismo, Paulo.
Abraço.
Eu sempre gostava de saber o nome da misteriosa entidade a quem foram adjudicados 87 trabalhos, num valor superior a 1 M de euros, representado 3,56% do total...
Querida Ka,
não Se deixe enganar, não é só genuína crença de que decidir bem obriga a investigações exaustivas. Muito disso se deverá ao facto de, enquanto se nomeia comissões, contrata peritos e se recorre a relatórios externos, pode-se fazer mais coisa nenhuma, optar por soluções, inclusivamente.
Querida Júlia,
é tudo isso, um empate contínuo, quer de capitais, quer da acção pública...
Mas não é, Caro Mialgia?
E estou cem por cento de acordo com a ideia de que muitas destas preparações poderiam, ou deveriam poder, ser levadas a cabo internamente. Pelo aproveitamento racional dos recursos humanos que estão disponíveis deveria começar a reforma relativa à fracção superior da Função Pública. Mas um escritoriozinho ao lado faz muito mais vista. E desresponsabiliza, já se sabe.
Ora, Meu Caro TSantos, mesmo que se venha a descobrir que é propriedade ou objecto de gestão de algum próximo dos governantes envolvidos na escolha, será sempre repisada a "indiscutível competência técnica"...
Beijinhos e abraços
Resta saber, Paulo, se a compra desses serviços pelo Estado se deve apenas à necessidade de suprir faltas de pessoal próprio competente ou ao «interesse» em adiar decisões ou desresponsabilizar decisores, se não é também uma forma de ir comprando algumas cumplicidades e alguns silêncios. Há por aí uns «consultores» tradicionalmente rebeldes que vejo muito domesticados. ;-D
Querida Luísa,
não tenho dúvida de que a distribuição de encomendas funciona do Poder para os particulares como o suborno dos comuns mortais para os titulares daquele. É o boomerang da compra, apenas branqueado por quem detém as chaves da lei 8propositadamente com minúscula).
Beijinho
O que eu gostaria de saber é como se justifica a "indicutível competência técnica"...E quem avalia isso...
Mas não está na cara, Caríssimo TSantos? Encomenda-se outro estudo, para apurá-lo!
Abraço
LOL!
Ab
T
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