sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Diferença

A razão pela qual a Europa nunca entenderá a América. Levamno-nos demasiado a sério, nunca perceberemos como as lutas pelo Poder, lá, se têm de fingir de jogo e como o Humor ganha eleições, A falta dele fá-las perder, foi o que sucedeu a Gore, no resto mais qualificado do que Bush. Em que outra zona do Globo seria possível os oponentes juntarem-se e trocarem piadas, num jantar de Caridade? Não gosto nadinha da ideia, mas, dentro das condicionantes da partidocracia, somos nós que temos muito a aprender.

13 comentários:

ana v. disse...

Tens razão: a infantilidade, essa característica dos americanos que tanto nos irrita, dá-lhes enormes vantagens de convívio. É como se tudo fosse uma brincadeira ou um jogo, o que, nos tempos que vão correndo, não é uma atitude de vida a desprezar... :-)

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Ana, até a escolha do termo "run" para as campanhas eleitorais não é inocente, como lembrei no outro dia. O infantilismo repugna-nos, mas não seremos nós que estamos errados, ao desprezar um factor que pode minorar as tensões na Sociedade? Chego a pensar que as crispações entre adeptos europeus de Obama e McCain são maiores do que as dos interessados mais directos, descontando uns quantos activistas a tempo inteiro, que são relativamente raros.
Beijinho

CPrice disse...

"You lot who preach restraint and watch your waist as well
Should learn, for once, the way the world is run
However much you twist or whatever lies that you tell
Food is the first thing, morals follow on"

ou quem sabe andam "pares" nas leituras, Querido Paulo ;)

(confesso que não sei ainda que penso de cada vez que abro os comentários para o verbo "jeremiar" .. risos) :)

Bom fim-de-semana*

Paulo Cunha Porto disse...

Ehehehehe, Querida Once, transformar as lágrimas em risos não corresponderá por inteiro à arbitrariedade da ordem dos factores na multiplicação, sabendo-se que é recomendável "rirmos para não chorarmos"?
Beijinho e bfs, igualmente

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

Querido Paulo, eu prezo muito o humor.penso que quem não sabe rir, não sabe amar, não estará disponil para o fazer.
Quanto aos americanos: trabalhei durante meia duzia de anos com um reitor, ideólogo,filósofo, doutorado reconhecido internacionalmente na área da educação, um mestre, era americano e lendo o seu texto, concluo , revendo histórias passadas que ele media a capacidade das pessoas, um pouco pela resposta que tinham nesse âmbito, o do humor!

beijinho

Paulo Cunha Porto disse...

É muito natural, Querida Júlia. Em política, nos EUA, a falta dele é assassina. Referi Gore, mas podia ter falado em Carter, apesar de este ter feito umas tentativas. Todavia, ganhou com dificuldade a Ford, herdeiro de uma Administração cheiade escândalos e perdeu a reeleição para Reagan. Ou Bush Pai,que também não se distinguia pela piada, ao contrário do filho, o qual, com os defeitos que se conhecem, tem alguma.
Na América quem não tenha um humor... arvorado está frito. Muito diferentemente dos Britânicos, em que a regra é tê-lo, sim, mas fingindo que se não dá por ele, salvo quando os alvos são os próprios que o exteriorizam.
Beijinho

Anónimo disse...

Algo así sería inconcebible en la "cainita" y "guerracivilista" batalla política española.......

Paulo Cunha Porto disse...

Meu Caro Filomeno,
olha que cá... É mal Ibérico, no mínimo!

Anónimo disse...

En Portugal rige más el "fair play" british y los "brandos costumes". ¿Acaso alguien en Portugal sigue hablando de la "Cimeira das Açores" o de la Guerra de Iraq, mencionados continuamente por Zp y adjuntos contra el PP de Rajoy?
Ab.

ana v. disse...

Valha-me Deus, Paulo... tu achas que o Bush filho tem piada?????
Ele não tem piada, ele É uma piada! E das de gelado na testa, no mínimo. Bem à americana...

Paulo Cunha Porto disse...

Me Caro Filomeno,
não, mas isso deve-se ao facto de o participante português essa cimeira ter ascendido a Presidente da UE, pelo que evento, na óptica do carreirismo político, passa por um sucesso.

Sim, Querida Ana, na América isso é pacífico, mesmo entre os muitos que não gostam dele. Os jornalistas referem-no amiúde e a própriaHillary, na campanha das Primárias, tentando diminuir o magnetismo da personalidade de Obama, disse que "os Americanos devem compenetrar-se de que uma personalidade attractiva não resolve os problemas do País. A esta hora devem estar bem arrependidos de terem eleito o Presidente Bush, pelo seu encanto pessoal".
Beijinho e abraço

ana v. disse...

Só posso repetir: valha-me Deus!! Está visto que não sou americana...

Paulo Cunha Porto disse...

Ai que lá se vai a Presidência que parecia prometida à Wind Gate!!!
Beijinho