terça-feira, 28 de outubro de 2008

Unhas de Fome

A Jovem Doente, de Ary SchefferCem por cento de acordo com a intensificação dos rastreios. Já quanto à vacina, principiei por recebê-la com júbilo, até por ter Pessoas Que Estimo entre as atingidas por essa maldita doença. Entretanto, a Mão Amiga do Carlos Portugal enviou-me por mail informação sobre uma série de perigos que comporta, de vida, inclusivé, mas, sobretudo, de esterilidade, bem como outra, complementar, de os ramais da Indústria Farmacêutica que a produzem andarem a mover influências no sentido de a tornarem obrigatória.
Assim, que fazer? Não disponibilizá-la seria condenar muitas Mulheres. Há pois que acompanhar a facultação, sem imposições, deste meio preventivo por uma exaustiva informação dos efeitos secundários que pode produzir, bem como de todos e mais alguns testes de graus de incompatibilidade previsível dos organismos que os venham a receber. No primeiro caso, precisamente o que a notícia linkada não faz, ao reduzir a uma vaga referência à polémica todo o perigo mencionado. E, no segundo, o que o Estado não quer fazer, ao não suportar todos os exames médicos que se exigem. Isto é fazer das seringas umas garras afiadas que podem matar. Mesmo que sejam as reveladoras da mera sovinice mais irresponsável. Ou então, mais uma manifestação de indiferença por tudo o que afecte a Natalidade.


11 comentários:

margarida disse...

Uso abusivo de espaço para lavrar protesto: a mim não escreve a 'mão amiga'...
Et maintenant, je boude...

margarida disse...

Agora a propósito do 'post': viver mata.
Somos peças num tabuleiro.
Os interesses que sobre nós adejam, frenéticos, são incomensuráveis.
Temos de confiar, desconfiando.
E, mesmo assim, acreditar em algo. Em alguém.

(os quadros que ilustram os textos são 'breathtaking', Paulo...; insuperável bom gosto...)

Paulo Cunha Porto disse...

Não amua, na Senhora. Há quanto rempo não me manda um mailzinho, pode-se saber?

Obrigado pelo agreement estético. Quanto ao tema, gera uma situação de desconforto, na medida em que há que evitar a todo o custo que o imperativo da publicitação do risco venha a coarctar a difusão de um meio que pode priteger muita gente.
É como diz, o equlíbrio é instável.
Beijinho

Patti disse...

Estas notícias num minuto são excelentes e no minuto seguinte surgem velhos do Restelo de todo o lado e já ninguém se entende.

Parece a história do velhinho micro-ondas que quando apareceu no mercado era o próprio demo disfarçado de Séc. XX.

A solução é pedir esclarecimentos ao médico de família, depois decide-se e pronto!

Maria de Fátima Filipe disse...

Querido Paulo, nestas coisas aparecem sempre os profetas da desgraça, dados a um certo terrorismo psicológico, mais ou menos bem intencionados... Presumo que o médico de familia deverá ter uma palavra a dizer. Quanto ao resto seja o que Deus quiser.

fugidia disse...

Paulo, a doença é terrível e tenho pessoa querida de família por ela atingida. A medicina não é uma ciência exacta, andamos sempre a descobrir e, sem prejuízo de poderem sempre existir outros interesses paralelos, creio que a notícia é boa.
E como já dissera, nada como o conselho da nossa médica, se for pessoa que nos acompanhe há muito tempo e que, além de profissional, tenha por nós estima.
:-)

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Patti,
fiquei com a ideia de que o clínico que acompanhe só poderá emitir uma opinião após exames mais aprofundados. Daí o meu alerta, para que o Estado não se demita de os suportar.
Claro que a decisão deve caber a cada prospectiva vacinanda. Mas para que seja livre, não pode haver obrigatoriedade de submissão a ela. E, para que seja consciente, tem de lhe ser dada toda a informação do risco genérico e do que se retira do seu caso particular.

Querida Ariel,
claro que o cepticismo perante uma maravilha da Medicina sem contra-indicaçõe pode ser um mecanismo psicológico poderoso. A minha questão é a da garantia da liberdade e a não-omissão de informações. No restante nem tenho conhecimentos para me intrometer...

Querida Fugi,
claro que sim. Mas, lá está, é preciso dar à Utente e ao Profissional de Medicina todos os meios que possam servir para formar a decisão, quer conhecimentos, quer em termos de efeito consequente. Se for avante a tentativa de obrigar à toma...
Beijinhos

Patti disse...

... e o velho do Restelo a que me refiro, não seria o Paulo, obviamente :)

Paulo Cunha Porto disse...

Percebo, Querida Patti, embora essa figura me seja muito simpática. Se tivessem atendido a tempo os conselhos dele, talvez Alcácer-Quibir tivesse sido evitada.
Beijinho

Bic Laranja disse...

Por acaso pareceu-me entrever os laboratórios no meio da necessidade imeprativa da vacina...
Se há riscos deve deixar-se ao cuidado de cada pessoa a decisão.
O rastreio sim, será a via imperativa.
Cumpts.

Paulo Cunha Porto disse...

Ora bem, Caro Bic! A informação que recebi até nomeava os mais pressionantes...
Abraço