O Amigo Bic Laranja, em achega brilhante ao postal sobre os piercings, ajuntou a honrosa demarcação do espírito do tempo em que o Arq. Saraiva englobou as tatuagens.
Sempre me impressionei com a ideia de que alguém possa querer irreversivelmente vincular o corpo (não estou a falar dessas brincadeiras temporárias). Faz-me espécie ver como o que era coisa de marinhagem em risco de perder a memória das referências de partida, ou de marginais em sede de afirmação, se arrisca a transitar para juventudes mimadas. Porém, também os anéis começaram por designar escravos, antes de Senhores, Reis, Bispos e Papas os adoptarem.
Pode ser que a fascinação de tatuar comece por aparecer como admissível num circunstancialismo apologético:
Sempre me impressionei com a ideia de que alguém possa querer irreversivelmente vincular o corpo (não estou a falar dessas brincadeiras temporárias). Faz-me espécie ver como o que era coisa de marinhagem em risco de perder a memória das referências de partida, ou de marginais em sede de afirmação, se arrisca a transitar para juventudes mimadas. Porém, também os anéis começaram por designar escravos, antes de Senhores, Reis, Bispos e Papas os adoptarem.
Pode ser que a fascinação de tatuar comece por aparecer como admissível num circunstancialismo apologético:
9 comentários:
Sem tempo para ler todos os posts, já que estou em computador emprestado. Mas com tempo para mandar um beijinho pra você, querido. ;)
Em temos de tatuagens e piercings também sou retrógrado, meu caro Paulo. Gostei de as ver nos indígenas da Papuásia, mas por aqui dispenso...
Abraço
Estou consigo, Caro Paulo, e com o Arq. Saraiva (quem diria?) na questão dos piercings e tatuagens. Quando garoto achava piada e também me impressionava com as Raças Humanas (sim, também coleccionei os cromos), mas nunca pensei cruzar-me diariamente com elas na rua.
Abraço.
Querido Paulo, o Arqtº Saravaiva, é que é o arquitecto, Deus me livre de polemizar com ele no âmbito da sua reserva exclusiva. Mas comparar a pintura dos clássicos Rembrandt, Velázquez, Rubens ou Zurbarán, com a de Picasso e Matisse, dizendo que se tratam de retrocessos civilizacionais, alto e pára o baile, e quanto às sinfonias de Beethoven, às sonatas de Mozart ou às óperas de Wagner porquê que ele terá de as comparar com batuques, e não faz a comparação com a musica erudita contemporânea? porque não a percebe? porque não gosta dela?
Quanto aos piercings e tatuagens, estamos todos de acordo, isso sim, é uma regressão. Mas parece-me arbitrário meter tudo no mesmo saco.
Um beijinho
Bom, com este cabelo, talvez tenha razão o boneco da tatuagem... ;-)
Querida Marie,
e o tempo de recebê-lo é o mais proveitoso para mim. Bom repouso!
Meu Caro Carlos,
sim, noutras civilizações, onde sejam tradicionais, acho muitíssimo bem.
Lembraste-me um cientista/personagem de J. Verne, creio que em «Os Filhos do Capitão Grant», que na Patagónia, tendo ido estudar a zona, viu os indígenas tatuarem-no, dos pés à cabeça.
Caríssimo Mialgia,
não traio grande confidência se Lhe disser que fiquei gelado quando um Moça com quem tive um namorico me deu a saber que seis meses antes de me conhecer usara um desses adornos metálicos... no nariz!
É assim, Querida Ariel,
eu estou muito longe de rejeitar a Música contemporânea (ou a Pintura, diga-se de passagem). Mas concordo que o abuso da percussão apela aos ritmos mais primários, muito mais do que os instrumentos de sopro ou de cordas.
Beijinhos e abraços
Querida Fugi,
é uma desculpa, talvez de péssimo pagador, mas sempre uma desculpa...
Beijinho
este homem é daqueles que quando vai ao barbeiro diz que vai "aparar a relva"... enfim, há mesmo malcos para tudo...lol
Beijinho
Esta tatuagem acho graça. :)
Cumpts.
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