Adquiri ontem um livro que procurava, desde os meus 17 anos. A justificação patrocinada por Pombal, extensa de 522 páginas, da reforma com que tornou a Universidade de Coimbra dócil, expulsando os Jesuítas que dominavam a Docência. O livro é de um facciosismo evidente e indescritível, que, visto à luz do nosso tempo, até passaria por ingénuo, caso não tivesse servido para fundar arbitrariedade. No afã de contrariar a Linha Aristotélica até aí predominante, chega a acusar ipsis verbis de monstruosidades os princípios filosóficos a abater e a atribuir-lhes fins conspirativos. Mas terá sido o tom tão sarrafeiro que levou ressabiados contra os Homens de Santo Inácio, como esse Latino Coelho precursor de propagandas malignas, a chamarem-lhe livro famoso, benemérito da civilização pátria.
Não consegui deixar de confrontar a tentativa de instrumentalizar a aquiescência dos súbditos contra os Veiculadores do Ensino, com a que nos nossos dias, embora com pressupostos diversos, tenta quebrar a espinha à classe professoral, tornada bode expiatório da incapacidade governamental de pôr de pé programas e estruturas à altura das necessidades do País.
Não consegui deixar de confrontar a tentativa de instrumentalizar a aquiescência dos súbditos contra os Veiculadores do Ensino, com a que nos nossos dias, embora com pressupostos diversos, tenta quebrar a espinha à classe professoral, tornada bode expiatório da incapacidade governamental de pôr de pé programas e estruturas à altura das necessidades do País.
4 comentários:
Pombal.....¿Pionero de la "conspiranoia"?
...ou "os fins justificam os meios"?
Obviamente, caro Paulo, que a semelhança é quase total...
Paulo, entre as compras doidas da 'saison' que sempre rejeitamos e a que sempre cedemos, passei por MAC alheio para vir deixar uma beijoca.
E manter o espanto: procurar semelhante obra 'desde os 17 anos'?!
Como é que existe alguém assim?...
E ainda jura a pés juntos que não é senão uma pessoa igual às outras...; pois...
Extraordinário em sentidos plurais, é o que é!
Xi-coração directo da Baixa portuense, com mil saudades.
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